17 de janeiro de 2009

Conhecendo-se

O que você realmente é?

Você consegue responder esta pergunta sem pensar muito? Você tem total certeza de quem você realmente é?

Vamos, seja sincero consigo mesmo...

Se sua resposta é sim, com tanta firmeza em sua voz que não deixa nem uma sombra de incerteza, não precisas ler o resto deste post.

Agora, se sua resposta foi qualquer coisa diferente disto, vou deixar aqui algumas dicas para encontrar quem você realmente é.

- Esqueça tudo o que aprendeu até hoje sobre o mundo.
- Esqueça tudo o que é certo.
- Esqueça tudo o que é errado.
- Lembre-se apenas do que você já fez.
- Pense no por que de você não ter feito algo.
- Não interprete o que você fez.
- Pense apenas no que vale mais para você, sem conceitos, sem opiniões de amigos, o que realmente vale para você. Festas? Drogas? Livros? Jogos?
- Por que você dá valor a tudo isso? Quem te ensinou que isto tem valor? Esqueça tudo e todos.
- Por que você faz o que faz? Quais as consequências?
- Você aceita as consequências? Você suporta as consequências?
- Você não muda por comodidade ou porque não quer mudar?
- Você muda porque todos mudam ou porque você se sente melhor mudando?

Pense nestes questionamentos. Talvez você consiga responder com um pouco de mais convicção da próxima vez que te perguntarem: "quem você realmente é?"

As vezes precisamos vivenciar certas coisas - e sofrer com elas - para chegarmos mais proximo do que realmente não-somos e consequentemente nosso leque de "o que sou?" diminui.

Viva, sofra, perca, ganhe, observe... Não importa o que você faça, mas aprenda com tudo.

15 de janeiro de 2009

Percepções...

Fofinhas, cumpridas, curtas, achatadas, amarrotadas, enormes, pequenas, finas, grossas, azuis, cinzas, laranjas, vermelhas, negras, distantes, próximas, escondidas, exibidas, com chuva, sem chuva, com vento, sem vento, no mar, na montanha, na grama, nas árvores, com luzes, sem luzes, de dia, de noite, não importa onde...

Nuvens...

Bonitas ou feias?
Causadoras de milagres ou de destruição?
Predecessores de boas ou más notícias?
Cancelam encontros ou proporcionam beijos na chuva?
Causam mortes ou proporcionam vida às plantas?
Quem se beneficia?
Quem sofre com elas?

Nuvens... O objeto ideal para avaliar o quanto uma percepção pode alterar a felicidade de uma existência, pensem nelas.

14 de janeiro de 2009

Conversando com o self. II

- Preciso pensar menos em mim e mais nas outras pessoas, querendo ou não eu afeto a realidade de todas as pessoas a minha volta. Qualquer palavra que solto pode transformar drasticamente a existência de uma realidade.
- Sabendo-se a necessidade, só basta trilhar o caminho.
- Caminhos são fáceis de trilhar, o dificil é acertar o rumo deles.
- Saber X Fazer, lembra do que escrevestes ontem?
- Hum... Verdade. Vou achar um jeito para parar de interferir na realidade alheia.
- Impossivel.
- Nem se eu me isolar no meu quarto?
- Nem assim.
- Por quê?
- Porque isto iria influenciar a existência de todas as outras realidade de forma inverssa, afinal, você deixaria de influenciar algumas, e estas existências podem se tornar tristes sem sua influência.
- Puts... Preciso então medir cada ação minha?
- Praticamente, sim.
- Mas isto é humanamente impossível.
- O impossível apenas é impossível porque ninguém conseguiu fazê-lo até hoje.
- Ah, tem aquela frase que diz "não sabendo que era impossivel, foi lá e fez", não tem?
- Sim, acabastes de citar Jean Cocteau, um importante cineasta.
- Então só preciso fazer... Mas como?
- Trilhar o caminho faz parte da solução que encontrastes.
- Hum...
- Hum?
- Trilhar o caminho... faz parte... hum...
- Hum???
- Nunca havia pensado que achar uma solução inclui trilhar o caminho até esta solução.
- Tão óbvio como a reação da prata e do enxofre.
- Hein?
- Nada, nada.
- Bom, a solução eu tenho: "Interferir de maneira positiva na maioria das existências que estão em minha volta." Só falta eu encontrar o caminho.
- Cuidado.
- Cuidado com o quê?
- Trilhar caminhos já trilhados levam ao mesmo fim. Podes começar neles para ter um leve senso de direção, mas tente fazer sua própria rota - a não ser, claro, que o fim que você deseja seja o mesmo do que da pessoa que trilhou aquele caminho.
- Tsc, alguém já conseguiu influenciar de maneira positiva todas as existências?
- Talvez, um homem...

13 de janeiro de 2009

Saber X Fazer

Qual a diferença entre saber alguma coisa e fazer alguma coisa?
Bróders e bródas, lamento informar mas o saber é está em um grau muito inferior ao fazer...

"Não importa se você sabe ou não, contanto que você faça" - se você nunca escutou nada parecido em breve você escutará.

Mas é a verdade nua e crua de como o mundo funciona, o mundo não está nem aí para o que você sabe fazer!

Lamber o cutuvelo, plantar bananeira com os olhos vendados, coçar o nariz com o pé ou mecher as orelhas? Ótimo, para você!

O mundo espera algo de você antes que você resolva sua autoestima [como diria o tio Bill]. Você precisa fazer o mundo lucrar, você precisa fazer! F-a-z-e-r!

Se você acha que lambendo o cutuvelo você poderá ganhar 10 reais por hora, vá lamber o enrrugado do teu cutuvelo!

Não quero ser materialista, nem quero apenas me referir ao dinheiro, mas cara, acorda! Sua namorada não está dando a mínima se você sabe dobrar camisa de um jeito extra-mirabolante que você vio no YouTube, ela apenas quer que você não deixe sua roupa no chão, que você faça seu quarto ficar limpo.

Seu patrão não está nem ai se você sabe apertar o parafuso de um jeito melhor do que o dos outros funcionários - ele apenas quer que você aperte o tanso do parafuso e faça a empresa lucrar com isto.

Se você sabe fazer algo diferente, qualquer coisa que possa ser útil para o mundo, qualquer coisa, vá e faça!

É muito mais fácil pedir desculpas do que conseguir autorização para fazer algo [como diria a velha do COBOL].

Chega de ficar falando no MSN pros teus amigos que você é fodão, que tem três mil horas de curso e que sabe criar um vírus que destrua a NASA.

BROW! ACORDA!
Estão se lixando para o que você sabe fazer! O mundo apenas quer saber o que você pode FAZER por ele, se não puder fazer nada, po, dane-se você e seu certificado!

Te vira brow, aprenda a fazer algo e FAÇA.

This is the only way.

12 de janeiro de 2009

Por que tão complicadas?

Com um título como este, o que esperar do texto? Creio que você não pensou em instruções complicadas de um eletrodoméstico, ou em quão complicada uma prova de algebra pode ser... É, todos pensamos na mesma coisa, basta ler ou ouvir a palavra "complicada" e lembramos de "mulheres", ah... mulheres...

Elas querem um parceiro cheio de atitudes mas querem coordenar a relação.
Querem mostrar que mandam, que estão por cima e também querem ser contrariadas.
Dizem que você é mole durante uma briga em família e que você é muito frio para entender os sentimentos delas.
Querem uma espontaneidade previamente calculada, avisada e revisada.
Não revelam quase nada do seu intimo.
Te pedem sorvete de abacate só para testar se você realmente sabe que ela só gosta do sorvete de kiwi.
Te pedem que não seja tão atrevido, mas querem que você saiba como joga-las contra a parede.
Querem tudo e ao mesmo tempo não querem nada.

Como podemos descrevê-las?

Antes eu descreveria como uma tenebrosa e profunda caverna, cheia de caminhos e armadilhas e tudo o que você tem é uma pequena lanterna que não ilumina muito longe, você só pode ver uma pequena parcela da caverna de cada vez, quanto mais longe você anda, mais dificil a passagem se torna.

Hoje em dia vejo diferente, o conceito da caverna permanece, porém a caverna está em constante construção e alteração, as vezes até terremotos acontecem para destruir aquele caminho que parecia ter luz ao final.

Mas e daí? Não sei vocês, mas eu já me perdi dentro desta caverna faz tempo e nem faço questão de saber onde está a saída. Contanto que eu seja o dono da caverna e ela continue a colocar bateria na lanterna... (rs)

A cada dia que passa, percebo que toda essa escuridão de engrenagens que não sei como funcionam fazem de minha vida uma vida mais vivida. Descobrir cada pedaço de minha parceira me deixa mais curioso, mais ativo, mais guloso... Ah, quero devorar cada pedaço desta caverna...
Quero deixar minha vida de pernas pro ar apenas para ter você ao meu lado!

Dê valor à caverna que você tem ao seu lado.
Mulheres, troquem as pilhas da lanterna de seus parceiros, deixem que eles a descubram.

Deixem-se envolver.


P.S. Te amo Frãnn. :)

Conversando com o self.

- O que vem a ser a realidade?
- O meio que te cerca.
- Isto é algo absoluto ou dependente de interpretação?
- Depende de sua interpretação
- O que interpreto como real?
- Imagens, sons, emoções, sentimentos e qualquer outra experiência que venha a ser sentida.
- Se me falta um sentido, não perco a realidade?
- Sua realidade se altera.
- Tenho como perder a noção da realidade?
- Da realidade alheia, sim.
- E da minha?
- Não.
- Por que não?
- Não é óbvio? O que você vivenciar será sua realidade.

- E se eu não gostar da realidade?
- Você pode fugir.
- Não quero fugir da realidade.
- Porque fugir pode ser mais doloroso.
- Então estou preso a realidade?
- Você ainda pode fugir.
- Não sou um covarde!
- Na interpretação de quem?

- Como posso fugir de algo que me rodeia?
- Só você sente o que te rodeia.
- Não consigo parar de sentir!
- E isto é ruim?
- Isto me faz sofrer!
- Quem gera a dor?
- Não sei...
- Existe mais alguém que controle sua realidade?

- Então a felicidade só depende de mim?
- Óbvio.
- Mas sem noção da realidade irão me chamar de louco!
- Esta é a realidade alheia.
- Eu sofro com ela.
- Novamente gerando sofrimento?

- Então um louco pode ser feliz?
- Não será ele mais feliz que você?

- Por que eu me sinto assim?
- Porque você interpreta seu estado como ruim.
- Por que?
- Porque te ensinaram isso.
- Ensinaram o que?
- Que estar abaixo dos outros é ruim.

- Como assim?
- Você interpreta como infelicidade o fato de ter menos que outro.
- Não sou egoísta!
- Mesmo?
- Sim!!!
- E por que ficasse triste ao saber que seus amigos estão namorando?
- Porque... Eu também queria uma namorada.
- Bingo.
- Mas...
- Se você arrumasse uma namorada antes que eles você não ficaria feliz?
- Não sei...
- Se fosse o primeiro a ter um carro...
- Pare...
- Ou o primeiro a abrir uma empresa...
- Pare!
- Ok.

- Não sei o que faço...
- Oh, meu Deus. Não entendeu nada do que eu falei?
- Eu tenho medo.
- Do que?
- Dos outros.